quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre a geografia de Torrinha

Todos os rios e córregos que cortam o município tem sua nascentes dentro do próprio município e a grande maioria são afluentes do Rio Pinheirinho.

Grandes extensões do perímetro de Torrinha são compostas por cuestas basálticas e areníticas, num total aproximado de 80 km, contendo em torno de 34 cânions. O potencial em atrativos turísticos associados a essa feição geológica é indiscutível e podem-se encontrar desde paredões de até 100 metros de altura, cachoeiras belíssimas, algumas cavernas de arenito e basalto e até matas de galeria e de encostas ainda primárias bem preservadas em vales estreitos ainda pouco explorados.

Torrinha está inserida no compartimento do Planalto Ocidental Paulista (Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná). A área integra a unidade geotectônica denominada Bacia Sedimentar do Paraná, onde houve acúmulo de espesso pacote sedimentar e intrusões vulcânicas basálticas ocorridas no Terciário (Era Cenozóica - entre 70 e 12 milhões de anos) que passaram por processos tectônicos e desgaste erosivo, surgindo daí o relevo cuestiforme (cuestas) de escarpas festonadas, dispostas em arcos voltados para o velho escudo -o Planalto Atlântico-, contando com a presença de um morro testemunho onde está localizada a "Pedra de Torrinha".

O município de possui ainda aproximadamente 5% de sua vegetação nativa original. Desse total, quase 100% é composto por vegetação de encosta, graças à presença das cuestas do município. Espécies do cerrado e da Floresta Latifoliada Tropical ainda existem em pequenas manchas isoladas, sendo quase totalmente dizimadas por ocuparem originalmente áreas ideais para a agricultura e a pecuária. Felizmente a presença dos inúmeros paredões e terras de encosta que brotam das cuestas, "estorvo" aos colonizadores do início do século, preservou um tesouro natural e importante santuário para a biodiversidade no estado de São Paulo. Possui uma área de 312.366 km².